sábado, 6 de agosto de 2011

Pequenina

Eu fecho os olhos e um turbilhões de dúvidas surgem. Tento novamente: desta vez, sinto a luz entrar pelo meu corpo, esqueço de tudo a não ser a luz. Ao mesmo tempo surge aquela melodia que acorda a mais triste das almas, ela elimina a insegurança e o medo. Novamente fecho meus olhos, e sinto a chuva molhando cada centímetro da minha pele, ela lava toda impureza que pude encontrar por essa estrada difícil que parece não ter fim. Deito sobre a grama molhada, e agora, posso sentir cada parte de meu corpo trabalhando para me manter viva. Meus braços, minhas pernas, meus olhos, a boca, minha respiração levemente contínua, as vezes ofegante. Sinto as lágrimas rolando em meu rosto, posso escutar minha própria voz com atenção, e percebo o quanto é bela e aconchegante. Finalmente posso me sentir viva. Fecho meus olhos mais uma vez, estou a cada dia me encontrando, em meio desse mar sou tão pequenina, mas agora, com os olhos fechados, percebo o quanto sou indispensável a mim mesma.

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